Conversa rasa com Pedro Bial

O Pedro Bial resolve tratar do assunto comunicação e fé no seu programa de TV – Conversa com Pedro Bial – em 09/05/17. Para isso, escolhe alguns cristãos que tem algum tipo de expressão na internet: Priscilla Alcântara, cantora e vlogueira; Vini Rodrigues, criador do personagem pr. Jacinto Manto; e Ton Carfi, cantor.

Demorei uns 10 dias para assistir a entrevista. Um misto de falta de interesse com pouco tempo e mais uma pitada de falta de interesse. Acabei vendo-a por conta da repercussão.

Confesso que conheço muito pouco o trabalho dos entrevistados. Sobre a Priscila, sei que distribuía Playstation e Jogo da Vida (o que invariavelmente causava desgosto no ganhador). Sei que canta, mas não a ouço. Sei que tem o vlog, mas não assisto. Tranquilo, não sou o público alvo dela.

Sobre o Ton Carfi, também não conheço o trabalho, me lembro apenas de uma música dele.

Conheço um pouco mais o trabalho do Vini Rodrigues. As brincadeiras que ele faz com o universo evangélico pentecostal e neopentecostal me traz uma certa familiaridade, por eu estar inserido no contexto. Sei que tem críticas sobre isto, mas qualquer pessoa familiarizada com igrejas evangélicas sabe que é comum. Nas rodas de bate papo cristãs sempre tem histórias, anedotas e brincadeiras sobre o nosso jeito, linguajar e costumes. Basicamente o que o mesmo fez foi traçar uma caricatura disto, com as fortes cores do “retété”.

Faço este preâmbulo apenas para deixar claro que não pretendo comentar nada além da entrevista em si. E a entrevista em si foi “só a misericórdia, quérido”.

conversacombial-priscillaalcantara-09052017 (2)_b49ad68518881d3f5059a1d6939b6882fdcb64bf

O problema é a visão de evangelho absolutamente rasa. Quando perguntados sobre o significado de expressão correntes no meio pentecostal, foi um show de despreparo. A resposta era outro jargão, igualmente desprovido de significado.
O que é o manto? É o entrar no mistério. O que é entrar no mistério? É ser canela de fogo. O que é ser canela de fogo? É ser cheio do óleo. O que é ser cheio do óleo? É o manto. Assim é realmente difícil para sermos levado a sério.

Não conseguiram também explicar o falar em línguas estranhas. Não conseguiram responder a diferença entre os anseios de um jovem cristão e um jovem não cristão. O que resolveu o problema de auto estima não é a dignidade inerente da imago Dei, restaurada em nós pela obra de Cristo na cruz. Foi a black music.

Estejam sempre preparados, diz-nos o apóstolo Pedro*, para responder com mansidão em temor a qualquer que pedir a razão da fé de vocês. É, apóstolo Pedro, foi mal.

Às vezes me dá a impressão que o desejo é só ser o “diferentão”. Tanto que quando o assunto se tornou mais sério, com a participação do prof. Ricardo Mariano, apresentado como ateu,  e que iria analisar o fenômeno evangélico, silêncio sepulcral dos convidados.

conversa-com-bial-priscilla-alcantara-jacinto-manto-ton-carfi-professor-ricardo-mariano

Não, professor Mariano, os convidados e suas falas abobalhadas não expressam a realidade cristã evangélica. Não, professor Mariano, as ovelhas não têm dificuldades em serem apascentadas, o que você chama de “controle pastoral”. Prezado professor Mariano, sinto lhe informar que o senhor não entende absolutamente nada sobre igreja cristã e suas vivências. Lamento que os irmãos que estavam aí não tiveram condições de te ensinar algo sobre a beleza da noiva do Senhor, e sobre o que é ser família de Deus.

O que ficou cristalino neste programa é que de fato temos um problema sério no movimento evangélico brasileiro. Fica fácil perceber por que os 60 milhões de evangélicos não causaram um impacto social como deveria. A justiça** não correrá como rios em nossas ruas enquanto a nossa visão de evangelho for paupérrima. Culpa de nós, pastores, que não honramos nossos púlpitos com a pregação clara e pura do evangelho. Esse moralismo capenga transvestido de boas novas não tem poder para transformação do homem.

” Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego.” Romanos 1.16

* 1 Pe. 3.15
** Amós 5.24

As Falácias de Jean Wyllys

Jean-Wyllys-Jogo-do-Poder

Em um vídeo que circula na internet, com a entrevista que o Deputado sr. Jean Wyllys concedeu ao programa Jogo do Poder da CNT, com o jornalista Ricardo Bruno, o deputado federal pelo PSol do RJ se dispõe a contra argumentar posicionamentos adotados pelo pastor evangélico Silas Malafaia. Deixo claro que não concordo com todos os posicionamentos do pr. Silas, mas o sr. Jean consegue cometer inúmeras falácias no seu pronunciamento. Neste post utilizamos a definição de falácia como “argumento logicamente inconsistente “, um recurso utilizado para falsear e convencer os mais incautos. Mas que não resiste a mera observação criteriosa dos mesmos.

Com o intuito de demonstrar claramente estas falácias, segue o vídeo que me refiro. Peço que você o veja antes das minhas considerações. Assim teremos dado ampla voz a outra parte do debate. Em seguida vou tecer meus comentários.

LINK VÍDEO –  CLIQUE AQUI

0:38 – Jean chama Silas de “intelectualmente desonesto” – Falácia ad hominem;

No início da sua fala, o deputado começa com ataque pessoal. Esta falácia tem por objetivo tirar a validade do argumento a partir da invalidação do emissor do argumento. Desta forma, fica implícito que todo argumento do pr. Silas já será desonesto, deturpado, e sem mérito para análise. Para justificar esta classificação de “intelectualmente desonesto” ele irá incorrer em outra falácia.

0:54 – “Desqualificações públicas passam necessariamente pelas igrejas e pelas interpretações fundamentalistas da bíblia ”  – Falácia de Distorção de Fatos e Falácia do Espantalho (é um argumento em que a pessoa ignora a posição do adversário no debate e substitui por uma versão distorcida e exagerada, e que representa de forma errada esta posição)

Basicamente, o sr. Jean vai tentar ligar a violência dura contra os homossexuais com a afirmação de que homossexualidade é pecado. Não existe nenhuma nenhuma ligação. A pregação do evangelho não pressupõe a violência, antes a paz, a reconciliação de Deus e o mundo através da morte e ressurreição de Cristo, e Nele termos TODOS os pecados perdoados e nascermos de novo como filhos de Deus, em um processo de santificação que findará apenas na glória. E esta é a posição mais ortodoxa possível das escrituras.

Eu não tenho a menor ideia de onde o dep. Jean Wyllys tirou a ideia de desumanização do homossexual a partir da igreja cristã (1:24). Nunca o cristianismo se posicionou com a afirmação de que os homossexuais não são humanos, ou são uma subcategoria. Falar que o ser humano é pecador não o desumaniza, antes confirma a sua humanidade de filho de Adão, e carente de Jesus.

Mesmo que eu considere a possibilidade remota de que alguém que se diz cristão tenha cometido um ato de violência dura contra um homossexual, utilizando como justificativa a bíblia, isso não o faz porta voz da Igreja. E detalhe, pessoalmente não conheço nenhum caso.

Essa distorção dos fatos mostra apenas a falta de conhecimento teológico do sr. Jean, ou um premeditado ataque à Escritura com o interesse de desqualificá-la.

1:55 “Reconhecer que a bíblia não pode ser tomada ao pé da letra” – Falácia de Petitio Principii ou Petição de Princípio

O sr. Jean comete a falácia de petição de  princípio ao afirmar como fato incontestável que a bíblia é um livro comum com mero valor histórico, logo passível de uma interpretação livre.

Porém, isto não é uma fato inconteste. A visão reformada é que a bíblia não é um mero livro comum de valor puramente histórico, mas sim é a Palavra de Deus, inerrante, infalível, inspirada verbal e plenariamente. Logo ela não pode ser interpretada livremente  mas seguindo os critérios da hermenêutica, e seu conteúdo fundamental é tão válido para uma civilização de 3 mil anos atrás quanto será válida para uma civilização 3 mil anos no futuro, pois se trata de valores e princípios eternos.

2:32 “Quem conferiu autoridade científica a Silas Malafaia?” – Novamente, Falácia ad hominem.

Para desqualificar o argumento, o sr. Jean apenas questiona a autoridade de Silas sobre o assunto. Curiosamente, o pr. Silas é psicólogo por formação, e o sr. Jean tem sua habilitação em Jornalismo e Letras. Pessoalmente penso que um psicólogo tem maior embasamento científico em comportamento do que um jornalista ou professor de letras. Verdadeiro tiro no pé, em termos de argumentação.

3:05 –  “Implicações genéticas” – Falácia de Apelo à autoridade Anônima

Alguém poderia me citar objetivamente a fonte desta afirmação? Qual foi a pesquisa, feita onde e por quem, reconhecida publicamente e  pela comunidade científica internacional que PROVA esta afirmação?

Ninguém até hoje provou esta afirmação. E o ônus da prova cabe as que afirmam a causa genética da homossexualidade. Lamentável a utilização desta falácia por um senhor que se apresenta como “homem de ciência”.

E o pior é que ao invés de apresentar dados concretos a “prova científica” da afirmação do sr. Wyllys é um dado empírico, baseado em sua experiência pessoal.  Isto é um excelente exemplo de como NÃO se fazer ciência: “Não tenho provas, mas comigo aconteceu assim, logo essa é a realidade final dos fatos”.

3:39 -“A igreja já evocou argumentos bíblicos para negar os direitos aos negros ”  – Falácia de Apelo ao Preconceito, e Falácia de Definição muito ampla, e novamente Falácia de Distorção dos Fatos

É muita falácia junta!  Indo por partes: É falácia de Apelo ao Preconceito por criar uma ligação inexistente, uma vez que não conseguiu provar a questão genética da homossexualidade, com o preconceito étnico, que tem claramente uma definição genética. Dessa forma, pretende-se atrair a simpatia à causa Homossexual, uma fez que o preconceito étnico é nitidamente rejeitado. E com isso, cria-se uma antipatia à Bíblia, novamente taxada de retrógrada e datada.  Mas, repito, é um desvio do assunto em questão a té que se tenha PROVAS com dados CONCRETOS sobre a questão genética da homossexualidade.

Definição muito ampla é por que os critérios utilizados para esta abordagem não tem a menor especificidade. Cadê o conceito de discriminação racial e escravidão como consta na bíblia? É um anacronismo forçado, sem relação com o que realmente á apresentado nas escrituras. Por exemplo, a escravidão registrada na bíblia não se dava por dominação de outros povos, como vimos em períodos mais recentes da história, e sim normalmente por dívidas, por um determinado tempo, com restituição da liberdade e bens no ano do Jubileu, ou seja é totalmente diferente do conceito de escravidão da idade média e moderna. Sem contar que o movimento em prol os diritos civis dos negros partiu da própria igreja, com homens como o Pr. Martin Luther King. Ou seja, só quem pode interferir na crença  cristã é a própria igreja, seguindo o princípio da fé reformada que diz que a igreja sempre está se reformando. A igreja, não movimentos externos a ela, movimentos estes que não tem o menor embasamento bíblico e teológico.

4:42  – “Cada um tem direito de crer no que quer” – Falácia do Estilo sem substância

Neste momento o sr. Wyllys beira o humorismo. Começa afirmando que cada um pode crer ou descrer no que bem entender, mas desde que esta crença esteja de acordo com o que ele julga ser o correto. Ou seja, qual seria essa liberdade de crença? Portanto, o mesmo  diz algo totalmente sem sentido, utilizado apenas um formato palatável de cordato e coerente.

4:55 –  “Falo como homem de ciência” –  Novamente Falácia de Apelo à autoridade Anônima

O sr. Jean neste momento se posiciona como autoridade científica, e baseado nesta autoridade acadêmica ele irá representar a opinião do universo acadêmico, mas consegue apenas demonstrar  um profundo desprezo pelo conhecimento acadêmico, uma vez que este é dividida em áreas de atuação, e quando mais profundas, mais específicas. Mesmo que alguém tenha um pós doutorado  em medicina, isto não o capacita para construir um prédio – fatalmente o CREA iria embargar a obra. De igual modo, o Ministro Joaquim Barbosa, presidente do nosso STF, não se aventuraria em realizar uma operação cardíaca em algum paciente, pois o conhecimento que ele tem é específico, voltado a leis, e não à medicina.

Porém, o sr. Jean, que é jornalista e com formação em Letras, se aventura áreas do conhecimento totalmente fora do seu campo, se arvorando uma sapiência que não possui! O sr. Jean Wyllys é absolutamente leigo em teologia, e acha que o domina este assunto, mas mostra a total ignorância quando tenta responder a questão sobre Levítico. Ele afirma que: “a bíblia foi escrita em aramaico, traduzida para o grego e depois para o latim (…)”. Qualquer aluno de escola dominical sabe que língua predominante no Velho Testamento é o hebraico, e o novo testamento não foi traduzido para o grego, ele foi ESCRITO em grego, com a exceção do Evangelho de Mateus. As traduções utilizadas pelos protestantes não tem sua origem na Vulgata latina, mas nos textos com suas línguas originais.

5:23 – “A palavra abominação não tinha o sentido que tem hoje” – Novamente de novo Falácia de Apelo à autoridade Anônima

Hahã, então qual seria este sentido à época, e seu equivalente moderno? Baseado em que ele faz essa afirmação? O seu mestrado em letras não foi em hebraico, muito menos em aramaico, segundo a ideia de texto original do sr. Jean.

6:30 – “A gente mataria mulheres que não casam virgens (…)” Falácia do Espantalho.

Mas uma vez o sr. Jean demonstra total ignorância teológica, com o intuito de desqualificar a bíblia. Todo cristão sabe que o Antigo Testamento aponta para o Novo, e que todas as leis cerimoniais são para ensinar aspectos morais e a obra redentora de Cristo.  Por isso não sacrificamos animais, pois ele apontava para o sacrifício de Cristo, consumado no madeiro. Porém as leis morais são leis eternas. Deus continua reputando por pecado tudo aquilo que Ele  reputou no passado, como no caso específico em questão, a prática da homossexualidade.

No final da entrevista, mais do mesmo. Finaliza atacando a pessoa do pr. Silas(ad hominen), insinuando um interesse monetário na pregação contra a prática homossexual, o que é absolutamente irracional, pois sabe-se que seria muito mais viável financeiramente, caso o interesse fosse esse, pregar pró homossexualidade, pois seria uma fatia  nova e grande no mercado.

Minha opinião pessoal em vista de tudo isso, é que raramente se consegue ver tanta ignorância, falácias, arrogância, deturpações e má fé em apenas 7:33 .  Talvez haja um recorde para isso.

Em tempo: Você tem toda a liberdade para opinar, argumentar, discordar de mim. Todo comentário que exprima um pensamento contrário ou a favor será publicado após moderação, desde que seja um debate de ideias, com argumentos claros e que tenham a ver com o post.  Naturalmente, xingamentos, palavras de baixo calão, ofensivas, serão desconsideradas.

 

Poder Microfoniano – Série Inovações Inovadoras

Descobri que existem microfones que são fogo puro, mistério de giová, e retetétianos. Esses microfones tem em si a capacidade mística de infundir poder pentecostal naquele que segura-o em suas mãos de vaso – o poder microfoniano. Só não percebi ainda qual o fabricante deste tesouro gospel.

Por um erro de observação, até então considerava-se que quem tava “no azeite” era o vaso ou a vasa em questão. Mas não, a unção é do microfone. Se você procurar na sua memória, tenho certeza que já se deparou com uma situação mais ou menos assim:

Cena 01

Local: Uma igreja neo pentecostal fictícia

Tempo: Culto bem “avivado” (segundo o conceito de avivamento da gospelândia)

Personagens: Cantor Convidado, Dirigente do Culto, irmã do louvor, platéia.

Começa o culto com uma oração já inflamada do dirigente. Após a oração, entra a irmã do louvor para cantar uns corinhos de fogo. Canela de fogo pra cá, sapateado pra lá, e a platéia vibra. Como se em uma disputa de torcidas organizadas, o que importa é o berro mais alto, para abafar o grito do vizinho. Mas agora é pra Gezuis.

O dirigente apresenta a grande estrela do culto. Não, não é Cristo, é o Cantor Convidado mesmo, que até então está calado e entendiado. Seu silêncio é sepulcral. Nem um “aleluiazinho” de canto de boca, nem um “gloriazinho” escapado de seu lábios ungidos.

Ao apresentá-lo, o Dirigente pede uma salva de palmas pra Gezuis, como desculpa para ovacionar o convidado. E, emocionado pela presença ilustre de um LEVITA, passa a oportunidade para o mesmo.

O Cantor Convidado  levanta-se, ainda em silêncio. Mas de repente, não mais que de repente, acontece um milagre. Ao pegar no microfone, uma onda “ispritual” passa pelo seu espinhaço, e subitamente dá uma rajada de língua estranha pro teto! É fogo, é canela, é “grória”!  O Cantor Convidado, canta, pula e “profeteia”.

– Quem não abrir a boca e dar um Glória é geladeira! Não tem unção de deus!

Depois de 45 minutos de “bença”, passa a vez para o Dirigente, que reservou os próximos 5 minutos para a meditação na Palavra de Deus, que é a parte mais importante do culto, segundo ele. E curiosamente não se ouve nem mais um “aleluiazinho” do vaso que até então, era puro mistério de giová.

Fim da Cena.

O que concluiremos? É OBVIO que a unção estava no microfone, e quando o vaso colocou a sua mão ungida no poder microfoniano do microfone ungido, a unção ungidora o ungiu um pouquinho mais.  Tá faltando unção? Já tens a solução! 😉

 

Conceitos e palavras

Normalmente desconsideramos o valor dos conceitos claros e a utilização correta das palavras. Por causa disso, nossas palavras perdem o sentido original, e são modificadas e entendidas de modo bem diferente da sua aplicação e sentido original.

Qual o problema disto? Perdemos cada vez mais a capacidade de entender o outro e as coisas.

Servindo-me de um exemplo do Tio Almir, os elementos são tão próximos uns dos outros, que se não conseguirmos delimitá-los eles se confundirão. Enquanto teclo este post, percebo que meu notebook repousa sobre a mesa. Imagine a confusão que seria não perceber a fronteira entre ambos, sua finalidade, suas aplicações. A despeito de estarem absolutamente próximos, o conceito sobre ambos impede que eles se confundam.

Talvez a cerca de objetos concretos seja simples perceber seus limites. Mas, o exemplo acima serve apenas para ilustrar uma realidade abstrata e subjetiva, que tem por característica ser muito mais tênue e fugidia.

Philip Yancey, escritor cristão, capta perfeitamente esta necessidade sobre as palavras e conceitos, e tenta resgatar o sentido da palavra Graça em seu excelente livro “Maravilhosa Graça”.  O excesso de uso indevido tirou o poder e significado de várias palavras, e  Graça é a última palavra que consegue reter, mesmo quando mal aplicada, o cheiro do sentido original, e do anúncio alarmante e inesperado da Graça de Deus operando a salvação.

Pecado é outra palavra que perdeu seu sentido original. Virou  nome de novela, de sex shop, de uma infinidade de produtos. Ser moreno é ter a “cor do pecado”(hãn?), segundo uma expressão popular. Faz parte do nosso cancioneiro, figurando como algo ligado ao prazer e satisfação de desejos.  Por isso é tão difícil nós nos arrependermos, pois de que iríamos de nos arrepender?  De algo em si prazeroso?

A lista de palavras e conceitos errados é enorme. Desde quando louvor virou sinônimo de música? Quando foi que avivamento virou sinônimo de “meninice”? E quando “meninice” foi suprimido do vocabulário pentecostal?

Curiosamente, é em plena era da comunicação que a importância da palavra foi reduzida, talvez pela banalização da cultura, fruto de novos erros conceituais, na medida em que substituímos cultura por informação, e o  conhecimento por verbetes do Wikipédia.

Essa importância pode ser demonstrada em um pequeno trecho do “A menina que roubava livros”, de Markus Zusak:

“Era uma vez um homenzinho estranho, que decidiu três detalhes importantes sobre a sua vida:

  1. Ele repartiria o cabelo do lado contrário ao de todas as outras pessoas.
  2. Criaria para si mesmo um bigode pequeno e esquisito.
  3. Um dia, iria dominar o mundo 

O homenzinho perambulou por muito tempo, pensando, fazendo planos e procurando descobrir exatamente como tornaria o mundo seu. E então, um dia, saído do nada, ocorreu-lhe o plano perfeito. Ele viu uma mãe passeando com o filho.  A horas tantas, ela repreendeu o garotinho, até que ele acabou começando a chorar. Em poucos minutos, ela lhe falou muito baixinho, e depois disso ele se acalmou e até sorriu.

O homenzinho correu até a mulher e a abraçou. ‘Palavras!’ e sorriu. ‘O quê?’ Mas não houve resposta. Ele já se fora. 

Sim, o Führer decidiu que dominaria o mundo com palavras.”(…) 

Infelizmente, foi torcendo as palavras e bombardeando-as de modo incessante que o evangelho tem sido aviltado. E nos ecos da repetição incessante, seguindo a máxima de Goebbels*, impedindo que possamos enxergar os conceitos como ele verdadeiramente são.

Por conta disso, muitos acreditam na idiotizante e forjada “Lei da Semeadura”, com a reinventada tipologia bíblica, onde  agora semente não é mais tipo da Palavra de Deus, nem do Reino de Deus, e sim do dinheiro.

Queridos, só o que posso pedir é que vocês busquem o significado real das palavras. Entendam cada conceito, aquilo que realmente ela é e diz.  Cada palavra será uma descoberta de um mundo de significados, e em cada significado um mundo de ideias e possibilidades. E em meio a este novo universo descortinado pelas palavras, poderemos, com fé e amor, enxergar um pouquinho Dele, porque a lama dos conceitos errados saiu dos nossos olhos, e porque Ele quis se revelar pela Sua Palavra .

* Joseph Goebbles foi ministro de Comunicação de Hitler, responsável pelo intensidade da propaganda nazista. Atribui-se a ele a frase “uma mentira cem vezes dita, torna-se verdade”.

 

Voz da Verdade ou Voz da Heresia?

Lembro-me de que logo que aceitei a Cristo, li numa determinada revista evangélica uma matéria sobre uma heresia da banda gospel Voz da Verdade. Na época, não prestei atenção nisso, por não conhecer nem a banda e nem o que seria ser Unicista (me deem um desconto, pois como já disse, era recém convertido rsrsrs).

Passaram-se os anos, e como nunca mais tinha ouvido falar nesse assunto, imaginei que, sei lá, ou houve uma falha no que eu havia entendido, ou eles tinham reformulado suas posições doutrinárias.

Hoje vemos o Pr. Marco Feliciano lançando um CD com regravações deste grupo. Mesmo não tendo o Pr. Feliciano como um exemplo  de ortodoxia, de sã doutrina, inocentemente imaginei que ele teria algum critério, e que ao divulgar este álbum, ele só afirmaria que é a “maior banda gospel de todos os tempos”  com algum conhecimento de causa.

Então, navegando pela blogsfera cristã, me deparo com um excelente post do Pr. Renato Vargens, criticando o dito grupo e mistério. Fiquei com as zureia em pé.

Não satisfeito, fui fuçar mais. E agora transcrevo trechos com os links para que os irmãos possam ver a fonte da pesquisa – o site oficial da banda e ministério Voz da Verdade:

Manifestações de Deus e não de pessoas distintas

“Essa doutrina de que existem 3 Pessoas distintas é tão contraditória, que quem tenta explicá-la, acaba se confundindo e diminuindo o poder de Deus.
É comum confundirem ” pessoa” com manifestações, dizendo ser três pessoas distintas e ao mesmo tempo ser um Deus, e que ao mesmo tempo não são distintas, mas iguais . Ufa, é difícil mesmo entender o pensamento humano.O inimigo quer destruir o pensamento das pessoas, que sabem muito bem quem é Deus e o que Ele fez para salvar o homem .”

“Ou ele é UM ou não é. Se são 3 pessoas distintas com personalidades não podem ser UMA”

No estudo “Um único Deus “, vemos as afirmações a seguir.

 

“EXISTE UM SÓ DEUS QUE SE MANIFESTOU COMO FILHO ,para remissão dos nossos pecados e hoje está atuando em nossas vidas como ESPÍRITO SANTO.
” JESUS É DEUS” ,se Ele é Deus,e sabemos que Ele é ,analisem tudo que eu escrevi com amor e reflexão.A Bíblia fala :UM SÓ DEUS…
É ESTE DEUS QUE O GRUPO VOZ DA VERDADE ANUNCIA.

EXISTE UM SÓ DEUS QUE SE MANIFESTOU COMO FILHO ,para remissão dos nossos pecados e hoje está atuando em nossas vidas como ESPÍRITO SANTO.” JESUS É DEUS” ,se Ele é Deus,e sabemos que Ele é ,analisem tudo que eu escrevi com amor e reflexão.A Bíblia fala :UM SÓ DEUS…É ESTE DEUS QUE O GRUPO VOZ DA VERDADE ANUNCIA.”

Como podemos perceber, trata-se de uma negação total e completa da doutrina da Trindade. E é esta negação da Trindade eles abertamente anunciam.

Vale a consideração antecipada: Será que isto é tão sério? Será que , tipo assim, não podíamos deixar isso quietinho debaixo do tapete? Qual a importância disso para a vida cristã?

Respondo: É muito sério, não dá pra deixar de lado e e de importância fundamental para a vida cristã.

Toda a revelação de Deus é a base para a salvação e conhecimento de quem o Senhor é. Se você adora a um Deus, mesmo que você chame-o de Deus Pai, ou Jesus, caso ele não seja para você como ele realmente é, você está cometendo idolatria. O invés de adorar o Deus Verdadeiro, você está adorando a um deus que só existe na sua cabeça, e por conseguinte, sendo idolatra.

Sem contar que TODO o evangelho se resume a isso –  conhecer a Deus. E ao conhecê-lo, você será atraído pelo amor profundo Dele, e passará eternidades de eternidades com Ele. O conhecendo cada vez mais.

Portanto, vê se que é um assunto de suma importância. Trata-se, literalmente, de um assunto de vida ou morte.

Você pode estar sendo levado a adorar deuses estranhos sem que você sequer note.

Quanto a Trindade, mesmo sabendo que trata-se de um assunto que está acima da nossa capacidade de compreensão, é abundantemente provado pelas Escrituras.

Resumidamente, a doutrina da Trindade está alicerçada em dois pilares:

a) Deus Pai é Deus, Jesus é Deus, Espírito Santo é Deus. As três pessoas da trindade são distintas, com personalidade própria.  Não se trata de uma pessoa com funções ou manifestações diferentes.

b) Só exite um Deus.  Não são três deuses.

Talvez nós não consigamos juntar estes dois pilares com facilidade. Isso é apenas mais uma prova da sua veracidade, pois recebemos de Deus por revelação algo que é acima da nossa capacidade de entendimento, e absolutamente sem comparação com nada, um vez que não existe nada que se assemelhe ao Senhor.

Mas, pense comigo um instante:

SE, como os unicistas afirmam, não houvesse diferentes pessoas na deidade, como justificar as orações de Jesus? Uma pessoa que fala consigo mesmo com se fora outra pessoa, estaria perigosamente próximo a esquizofrenia.

Não seria loucura afirmações como “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre”.

Seria como se, por exemplo eu falasse assim: “Eu (Alcir) pedirei ao Alcir, e ele mandará o Alcir para ir comprar pão”. Fica absolutamente sem sentido.

Logo, fica demonstrado que são três pessoas distintas na Trindade.

SE, por outro lado, fossem três deuses separados, ao invés de UM só Deus, como conciliar com Cristo Jesus afirmando “Eu e o Pai somos UM” ?

Não adianta querer diminuir a Verdade para que ela caiba na nossa cabecinha. É tentar colocar Deus numa caixinha de fósforo.

Lamento profundamente o posicionamento teológico da “Voz da Verdade”.  Defendendo e proclamando o unicismo estão se posicionando como “Voz da Heresia”.

Na Paz.


Série Inovações Inovadoras – Cavalo de Fogo

Continuando a minha modesta contribuição para o desenvolvimento ungido e retetético do retété, iniciada de modo brilhante com o lançamento da Unção do Buchim, está chegando ao mercado gospel tupiniquim a Nova Unção Ungida e Ungidora.

Chega de ficar apenas no sapato de fogo, canela de fogo, cabelo de fogo, anjo com vassoura de fogo (já ouvi cabra orando pedindo pra um anjo com a dita vassoura dar uma limpeza no ambiente espiritual).  Isso é coisa do passado.

O lance do momento é o Cavalo de Fogo. hihiiiihHIHIHhIHihIHHIHIHihihih (cavalo de fogo relinchando).

Por isso, olhe pro seu irmão e diga:

hihiiiihHIHIHhIHihIHHIHIHihihih!

Amém ou não amém?

10 Acusações contra a igreja Moderna – Paul Washer

Penso que esta é  uma das pregações  mais importantes que ouvi.  Temos que pensar no caminho que a igreja tem tomado, por amor a ela e a Cristo, lutar para que ela seja sempre linda, pura, santa e imaculada, glorificando a Deus.

Este post é só pra facilitar os irmãos a verem ela toda. Com um agradecimento especial aos irmãos do Voltemos ao Evangelho.

Soli Deo Gloria

O que será dos “mini-pastores”?

Recentemente li uma matéria em um canal de notícias evangélicas sobre um jornalista paulistano de 33 anos, que lançou um livro, no qual ele defende o ateísmo. Até aí, nenhuma novidade.  O que me chamou a atenção é o fato dele ter sido um “menino-pastor”, simulacro de pregador, desde muito cedo.

O que levaria um menino crente a fazer o caminho longo até o ateísmo militante?

Confesso que fiquei triste. Ainda hoje vemos inúmeros casos de “crianças-pastoras”, no Brasil e em outros países. Não pretendo citar nome das crianças, mesmo com uma vontade enorme de incluir vídeos com elas. Não o farei por respeito a elas, por saber que as crianças não têm responsabilidade sobre o papel que estão sendo levadas a desempenhar. Mas não pretendo poupar críticas aos responsáveis – sejam pais, pastores, ou quem forem.

Na verdade, penso que o risco que corremos não é de levantar uma nova geração de pregadores e cantores(como afirma o chefe dos gideoszinhos), e sim de construir uma geração de pessoas sem temor a Deus, profundidade teológica, cínicos, impermeabilizados ao Santo Espírito.  Isso sendo otimista. O caso que cito acima é um exemplo de para onde o modelo evangélico retetético está empurrando a igreja.

Deixe-me tentar explicar como percebo que isso funciona, suas causas e possíveis conseqüências.

01 – Banalização da Pregação da Palavra de Deus:

Eu me pergunto o que esse povo entende por pregação da Palavra de Deus???  Como uma criança pode ensinar através da exposição das Escrituras algo que está muito além da sua condição natural de criança? Não atentam para a admoestação de Cristo, nos ensinando que se um cego guiar outro, ambos cairão na cova?

Na realidade, a única coisa que vi nessas pregações mirins foi a mera repetição de frases de efeito gospel, desprovidas de real significado. Se eu ensinar versículos a um papagaio, isso não fará dele um pregador do evangelho. Se eu ensinar uma criança imitar um adulto, isso não fará dele um adulto. Uma criança imitar um obreiro não fará dela nem um obreiro, que dirá um obreiro aprovado. Leiam I Timóteo 3, e vejam o padrão que Deus estabelece para os trabalhadores da Seara.

S eu pregar algo que não vivencio, algo que não desceu do Céu através da oração, estudo e ação do Santo Espírito, eu sou um hipócrita. Se eu falar apenas aquilo que decorei mas não tem fundamento na minha alma, serei um falso, um mentiroso. Estaria interpretando um papel.

Você realmente acha que estas crianças SABEM alguma coisa sobre o que estão falando? E se você ensinar para as crianças de Deus que o ministério se resume a fingir ser algo que ela não é, o quão cínica ela poderá se tornar quando crescer?

Uma coisa é certa: se você faz isso com as crianças amadas de Jesus, melhor seria que você amarrasse uma pedra de moinho no próprio pescoço e se jogasse no mar. (Mt 18.6)

02 – Banalização do o Poder do Espírito Santo

O padrão de pregadores que normalmente essas crianças imitam é o “padrão reteté”. Pessoalmente não gosto nem da palavra. Reteté é via de regra, uma ação exagerada, despropositada, cheio de apelos ao emocionalismo vazio e à carnalidade humana. Não consigo sentir o jeito, poder, beleza do Santo Espírito. Mais um teatrinho gospel.  Por mais que admita que o Vento sopra onde quer, não vi ainda O Vento agindo desta forma.

Tem pessoas que acham que sou pouco pentecostal por me posicionar contra o reteté. È justamente o contrário. Por ser profundamente pentecostal, por crer e amar a ação livre e soberana de Deus, por sentir a presença do Consolador enquanto escrevo este post, é que não posso aceitar que qualquer fogo estranho seja posto no altar de Deus. Eu amo o verdadeiro pentecostes, por isso repudio aqueles que fazem do meu amor um circo dos horrores.

O ponto é que ao incorporar os trejeitos dos cabras do reteté as pregações infantis, com todo o alarido e sem nenhuma ação verdadeiramente Espiritual, ensina-se aos pequenos que o mover do Espírito é só isso. Mas o agir de Deus é muito, muito, muito mais que isso. Gritar “Receba” não é o suficiente. Profetizar sem ser profeta não é suficiente. Jogar paletó, girar, pular, sapatear, nada disso é suficiente. Só a Graça é suficiente para nós. Ela nos basta.

03 – Destruição da infância

Por fim, tem um aspecto não teológico, mas prático. Crianças devem ser tão somente crianças. A beleza da infância está nela própria. Ao querer se forjar pequenos adultos “na marra”, cria-se algo estranho a constituição psicológica deles.  Um ser híbrido, nem criança nem adulto, e como todo ser híbrido, estéril. Será uma criança infeliz e um adulto sem a preparação fundamental de ter passado por uma infância sadia.

Paulo diz que quando era menino falava como menino e agia como menino. Este é o padrão correto. Não estaria escrevendo um post tão longo se isso fosse respeitado. Adoraria ver uma criança falando de Jesus com a singeleza inerente à infância. Com a inocência de que apenas conta algo sobre o seu amigo. Que conhece o amor do Pai. Simples assim.

Isso glorificaria a Deus. Quando adulto, no tempo certo, do modo certo, poderia vir a ser um homem usado por Deus, pois seria um homem, e teria deixado as coisas de menino.

Acreditar é mais fácil do que pensar?

Ontem li uma frase, publicada no mural do facebook de alguém.

“Acreditar é mais fácil do que pensar. Daí existirem muito mais crentes do que pensadores.” Bruce Calvert.

Infelizmente, a opção de comentar estava desabilitada. Felizmente, por estar desabilitada, me deu uma vontade enorme escrever este post.

Percebemos claramente que o autor ainda pensa haver uma dificuldade em conciliar  fé e razão. Curiosamente, esta discussão foi abordada desde o período da Escolástica,  com Tomás de Aquino, e bem antes disso já debatido também por Agostinho de Hipona.

Normalmente, os que se acham muito originais são aqueles que não tem senso histórico.

Mas, o pior mesmo, é que as pessoas direcionaram seu objeto de fé, para aquilo que normalmente não tem a menor sustentação lógica.  Por exemplo, na estruturação de pensamento da frase acima, podemos dividir da seguinte forma: De um lado os “crentes” (os que não pensam), de outro, os “pensadores” (os que não creêm).  A partir desta divisão, os “pensadores” acham que pensam, e acham que os  “crentes” não pensam. Mas, na verdade, é justamente o contrário, absolutamente e totalmente, o contrário.

Estes “pensadores” tem uma fé pueril em verdades dogmáticas que eles mesmos não compreendem, e nem se dispõe a analisar. Aceitam qualquer afirmação “científica” como verdade total e inquestionável.  São xiitas do deus ciência. E, lamentavelmente, afirmam coisas que não compreendem, mas que somente ouviram falar. Sabe aquele lance de ouvir uma frase de efeito, achar bonita e ficar repetindo? Pois é.

Por exemplo, as pessoas comuns, os “pensadores”, adotam  como verdade inquestionável a teoria do Big Bang para explicar a cosmogenesis. Se resolveres questiona-la, podes ter certeza que vão primeiramente taxar-te de idiota, pois para esses “pensadores” já está provado e é a teoria mais aceita nos círculos acadêmicos. Mas ouso afirmar que 99.9% das pessoas que dizem acreditar nesta teoria NUNCA pensaram seriamente sobre ela, apenas repetem e repetem o que ouviram falar.

Eu por exemplo, creio que este teoria só terá algum sentido se adicionarmos o Deus cristão em sua equação. Somente um Deus não-criado, pré-existente e além da estrutura tempo-espaço poderia “fazer funcionar” o Big Bang.

Ou seja, se eu desconsiderar Deus, é IMPOSSÍVEL que tenha havido tal fenômeno, pois o mesmo contraria uma lei fundamental da física  e uma lei fundamental da biologia.

    1. Lei da Física – Inércia: É uma das primeiras leis formuladas por Newton, que afira que todo corpo em repouso tende em permanecer em repouso. Logo, considerando-se que inicialmente havia uma massa, uma matéria condensada que ocasionou a explosão, de acordo com a física esta explosão NUNCA poderia ter ocorrido, pois sem a aplicação de uma força externa ela teria PERMANECIDO EM REPOUSO. Já questionei isso algumas vezes com alguns descrentes, e a única explicação que ouvi foi a frase de Chicó : “não sei, só sei que foi assim”.

 

  1. Lei da Biologia: Um princípio simples – seres inanimados não geram seres animados. Se você discorda, peço que pegue duas pedras, bote elas para cruzar e veja se nascem novas pedrinhas. E aí tem uns tontos que falam: e abiogênese (teoria que defende que a vida pode ser gerada a partir de elementos químicos), tio Alcir ? Para isso eu respondo: me mostre somente UM exemplo concreto de uma experiência laboratorial que gerou vida a partir de elementos quimicos inanimados. Só unzinho, e retiro tudo que disse até aqui.  Simplismente não existe. é uma historinha da carochinha para tapar buraco.

Portanto, é notório que a inconsistência lógica e científica é negada apenas dogmaticamente. É a fé cega e burra dos “pensadores”.

Talvez nesse ponto eu tenha que concordar com o autor da frase que citei acima. Acreditar é mais fácil que pensar. Por isso que este “pensadores” acreditam em qualquer bobagem. E não pensam com suas próprias cabeças. Trocaria apenas o final: por isso que existem mais “pensadores” (gente comum, papagaio de pseudo cientistas) do que crentes.