Gostei de uma música da Damares

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Eu ouvi uma música da Damares e gostei.  E por incrível que pareça, a sentença anterior não é piada.

Normalmente tenho um gosto muito específico quanto a músicas cristãs. Eu espero que elas louvem a Deus, a Cristo e Sua Obra. Espero que elas me ensinem sobre a Palavra de Deus e sobre a esperança dos cristãos. Quero que a minha sensibilidade seja tocada pela beleza da poesia, e que as melodias enlevem a minha alma.

Por isso tenho uma profunda dificuldade com a maioria absoluta das composições evangélicas modernas. São pobres quanto a melodia, as letras paupérrimas. Não sei mais por onde anda a poesia. Tratam apenas das necessidades mais egocêntricas e revanchistas que um indivíduo pode ter.

E a Damares já foi duramente criticada por mim neste blog, quando tracei um paralelo entre “Beijinho no Ombro”, de Valeska Popozuda com “Sabor de Mel”  – Beijinho no Ombro tem Sabor de Mel.

Por isso me surpreendi com a Damares, em sua participação no programa “Esquenta”, comandado por Regina Casé.  Comecei a ver já com o coração fechado, esperando sentir #vergonhaAlheia , pois as mais recentes participações de evangélicos em programas da TV tem sido lamentáveis. Thalles no Jô, Aline Barros e Sarah Sheeva na Gabi são alguns exemplos do que me refiro.

Quando a Casé disse o nome da música tremi mais um pouquinho. “Maior Troféu “.  Pensei comigo: “Lascou tudo. Lá vem mais triunfalismo”.

Mas quando a Damares começou a cantar, meu coração se abriu. Não que a música seja um espetáculo. E é certo que o subtema “vitória” não abandona a letra. Mas aqui tem uma mudança fundamental: As vitórias e bençãos que Deus nos concede estão subordinadas ao principal – a Salvação e comunhão com Cristo.

“O maior troféu é no livro da vida
Saber que o meu nome está escrito lá
E quando os portais da glória se abrirem
Ter a certeza que Deus irá me chamar
O maior troféu é saber que um dia
No coral celeste eu irei cantar
Na eternidade será só o começo
Quando o meu mestre eu abraçar”

Concordo com a Damares. A mim basta estar com o meu nome escrito no Livro da Vida. Isto, e somente isto, empresta significado para a minha vida. As demais coisas são secundárias e/ou decorrentes disto.  É o maior troféu, e o único que realmente importa.

Concordo com a Damares. A ideia de um dia ser recebido por Cristo e abraçá-Lo é que nos consola nas dificuldades. Sei que o meu Senhor sempre nos acompanha de perto, que está vendo cada passo da nossa caminhada. E naquele dia, Ele enxugará dos nossos olhos toda lágrima, terá remido toda a dor.  ” Por que a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente” – 2 Coríntios 4:17.

Que Deus abençoe a ir. Damares, e direcione sua carreira para dê um basta nas canções antropocêntricas e ela sempre cante canções que louvem a Deus.

Abaixo, o link do vídeo que me referi: