Sobre o Arthur Deodato, meu mais novo sobrinho.
Chega manso, o pequeno.
Devagar.
Abre os olhos, maninho.
Filhote de gente,
mais que tudo, um presente
Dádiva que o Senhor concedeu.
Chega fofo, o pequeno.
Rei, craque ou milionário.
Ou só miniatura de Deodato?
Filhote de gente,
Flecha na mão do valente
Herança e galardão do Senhor*
Todo bicudo, o pequeno.
Como pode ser tão amado?
Ocupa no peito todo espaço.
Filhote de gente,
A distância faz que eu lamente
não estar aí com você.
*Referência ao Salmo 127 – destaque nosso.
“Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.
Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois assim dá ele aos seus amados o sono.
Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.
Como flechas na mão de um homem poderoso, assim são os filhos da mocidade.
Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, mas falarão com os seus inimigos à porta”.