Lembro da época que comecei a ouvir essa música. Da casa cheia, da minha irmã, minha querida irmãzinha que cuidou de mim de forma tão carinhosa. Meus irmãos, das brigas diárias entre nós que não diminuía o afeto (só na hora).
Lembro dos meu primos, os filhos do Tio Alberto, sempre conosco. Lembro da época em que meu gênio terrível e teimosia eram incontroláveis, e que eram proporcionais apenas à paciência de minha mãe.
Hoje, seleciono as mesmas músicas para o pequeno Afonso, filho da minha enteada, pensado também nos meus sobrinhos, que quase não os vejo.
Quero que eles, os pequenos todos, tenham uma infância ainda melhor do que a que tive. Que a música, a literatura e o afeto sejam parte do seu cotidiano. E que a beleza do sorriso banguela seja um símbolo – a vida sempre sorri para nós.