Sabe, eu queria ter todas as respostas. Queria que o meu caminho fosse plano e reto, pontilhado pelas certezas absolutas. O mapa certo, o caminho certo, o partir e chegar nos dias certos.
Eu queria a doce ignorância de não me preocupar com coisas que nunca vou entender. Passear pelos temas difíceis, crendo que tudo se resume ao dois-mais-dois-igual-a-quatro.
Mas não sou assim.Convivo com as dúvidas e incertezas. Meu caminho é estreito, com pedras e tocos que ferem os meus passos e enterram mais fundo o espinho no meu pé. Arrasto-me pelos valados, com o peso do meu pecado arqueando as minhas costas, tal o Cristão de Bunyan. Peregrino confuso, tropeço e levanto, procuro os sinais de que estou na direção certa.
Torna-se mais difícil o caminhar por conta dos falsos mestres, que distorcem a verdade que deveria ser a lâmpada para os pés. Cegos guiando cegos, pobres, miseráveis e nus. Já lhes foi sugerido que comprassem ungüento para seus olhos, mas ver é uma experiência pouco agradável. A luz mostra o que tentamos tolamente esconder.
Sabe, eu queria ter pernas mais fortes. Quando olho para frente, para o destino, fico amedrontado com a distância. Estou muito, muito longe. Por isso, tento esquecer o chegar, e aproveitar o caminho. Os espinhos, as vezes, anunciam a existência das rosas. A dor de confrontar a minha natureza anuncia que continuo no rumo.
Os passos cadenciados, o desejo de alcançar, o próximo passo. O heroísmo é a resistência por só mais um minuto. Só mais um minuto.
No meio confuso dos meus passos trôpegos, no meu caminho estreito, nas feridas que se fecham e abrem novamente, tem uma voz que me acalma e me chama. Sabe aquela voz que você conhece antes mesmo de tê-la ouvido pela primeira vez? Pois é, essa mesmo. Ajusto-me a sua direção, mesmo com sua palavra dura, por que somente ele tem as palavras de vida eterna.
Você comentou em meu blog dizendo que minhas postagens em "O DIABO, LUTERO E A REFORMA" tinham ranços da Idade Média. Respondi e você se calou. Estou preparado para provar-lhe que o protestantismo, com sua doutrina imoral, fez cair a quase zero a cultura e a moral em todos os países que conseguiu dominar. Topa?
Oswaldo,
Não me calei, apenas não achei que o teu blog tivesse um conteúdo interessante o suficiente para que eu o visitasse novamente, logo não vi sua resposta.
Seu próprio comentário demonstra que estava certo sobre o ranço da Idade Média, pois ele "cheira" a Inquisição. rsrsrsrs
No entanto, este é um espaço democrático. Raramente um comentário não é publicado, independente do teor.
Você, caso queira, pode elencar seus motivos e argumentos, que eu publicarei. Se for necessário, comentarei alguma coisa.
Até,